Lucas 15.18b-19a – “Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço ser chamado de seu filho”
Pecar, eis aí uma dificuldade que enfrentamos todos os dias. Não há um só dia que possamos dizer: “Hoje eu não preciso pedir perdão a Deus, porque não cometi nenhum pecado.” Por mais que nos esforcemos, oremos e vigiemos, sempre pecamos. Isso é uma constante em nossas vidas. E muitas vezes, isso toma uma dimensão crescente, quando certos pecados se sobressaem e tornam-se mais constantes. Mas pior do que isso, é quando nos tornamos endurecidos e tomamos esses pecados como naturais.
Um comerciante pode afirmar: “Com a quantidade de impostos que temos que pagar, não há como ser honesto, porque senão os negócios não vão pra frente”, um vendedor também pode dizer: “se eu falar sempre a verdade vou perder muitas vendas e meu emprego também”, um casal ainda poderia declarar: “Casamento?, isso é coisa do passado, hoje a gente fica junto, se der certo deu, senão cada um vai pro seu lado e pronto, inclusive papel só atrapalha”. Enfim, muitos exemplos podem ser citados como “todo mundo faz isso”, “hoje as coisas são diferentes”, “não tem como não fazer” e por aí vai.
Mas será que tem que ser assim mesmo? Quando Jesus veio ao mundo ele nos trouxe uma proposta: “Arrependam-se e me sigam!” Esse arrepender-se é reconhecer que o que fizemos de errado é realmente errado, que não deveríamos ter feito, que é ruim e que não deve se repetir. Como disse em outro texto, Jesus não nos salvou do poder do pecado para podermos pecar livremente, mas nos salvou para não sermos dominados pelo pecado e para podermos seguir o caminho certo.
É curioso quando estamos planejando um pecado, quando estamos nos preparando para fazer alguma coisa errada e aí nos vemos livrados por Deus de uma situação que nos traria sérios prejuízos. É de se envergonhar. Mesmo quando estamos tão prontos a pecar, Deus vem e nos ajuda. Essa é a dimensão do amor de Deus por nós.
O que fazer então? Dobrar nossos joelhos e pedir perdão. Arrepender-se realmente dos pecados, não apenas repetir diariamente orações vazias dizendo sem pensar: “Deus, me perdoe pelos meus pecados”, mas dizer sinceramente e com todo coração: “Senhor, perdoe-me porque menti, porque machuquei alguém, porque fui egoísta, porque não ajudei, porque fui luxurioso, porque desejei o mal, porque não amei minha família, meus amigos e a ti”, enfim, nosso pedido de perdão deve levar consigo o nosso coração e a nossa alma.
Somos fracos e sempre pecamos, repetimos pecados e muitas vezes nos afundamos neles, mas mesmo não sendo dignos de sermos chamados de filhos de Deus, ele nos considera seus filhos, nos perdoa sempre e nos ajuda a crescer, a mudar, a melhorar, e a superar dificuldades – aqueles pecados que temos mais problemas para não cometer. Deus nunca disse que seria fácil, “mas acreditem, mas acreditem,” não temos ideia do que realmente poderia ser se Deus não intervisse em nosso favor. Para seguir Jesus, temos que carregar a nossa cruz, que na maioria das vezes somos nós mesmos.
Confiemos em nosso Deus, não há ninguém melhor para isso porque é quem está mais preocupado conosco. Que o perdão e a salvação que ele oferece alcance a todos. Amém.